Braide pavimenta caminho para o Palácio dos Leões em 2026 e alarma classe política

Navegando calmamente nas águas turbulentas da pré-campanha eleitoral para o ano que vem, o prefeito Eduardo Braide (PSD) pode começar a pensar no passo seguinte, caso consiga a reeleição ao La Ravardière.

A estagnação de seus adversários nas últimas pesquisas, aliada à intensificação das obras de trânsito e asfaltamento de vias da cidade, fez com que Braide apresentasse até crescimento em seus índices. Nada que o faça superar a barreira dos 30%, mas que apontam para que isso se resolva no futuro.

O caminho natural para prefeitos de capitais que conquistem a reeleição de seus mandatos é a disputa estadual seguinte. Foi assim com Jackson Lago, após ser reeleito em 2000 e ser derrotado em 2002 pelo ex-governador Zé Reinaldo.

Até o momento, os nomes que orbitam para a sucessão de Carlos Brandão (PSB) sofrem influência direta do ex-governador Flávio Dino, em vias de se tornar ministro do STF e deixar de ter relevância ao debate político.

O cenário se desenha favorável a Braide, que passa a ser visto como player importante na passagem de bastão do Palácio dos Leões. Até por isso, a escolha de quem será seu candidato à vice-prefeitura de São Luís no ano que vem é tão importante. Este nome pode se tornar prefeito da capital em pouco tempo.

Já Eduardo, que caminha sozinho sob o sol escaldante da Ilha em busca de popularidade, tende a se reeleger sem dever nada politicamente a ninguém. No papel de “outsider”, pode se cacifar ao Governo do Maranhão. Caso seja bem-sucedido, fará com que a classe política maranhense experiencie o que expoentes ludovicenses já vivenciam.

A relação conturbada entre prefeito e vereadores da Câmara Municipal é o melhor exemplo do método Braide de trabalhar as relações políticas, digno de causar saudades dos sete anos e três meses de Flávio Dino, cujo egocentrismo fazia rugir contra quem chegasse perto da Pedro II os leões do Palácio, amansados por Brandão.

Caso não se atente a tempo para o fator Braide, as relações políticas no estado podem mudar radicalmente a partir de 1º de janeiro de 2027. Estariam certas figuras prontas para a “nova era”?

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