Enquanto maranhenses padecem no serviço de ferryboat entre São Luís e Alcântara, na tentativa de economizar algumas horas de viagem entre a Baixada e a capital, os parlamentares que representam o Maranhão em Brasília estão passando por outro percalço, só que nas alturas. Eles reclamam das dificuldades enfrentadas na ponte aérea São Luís-Brasília.
A maioria dos deputados e senadores costuma voar semanalmente nos dois sentidos, para se manter próximo a suas bases. As reclamações, no entanto, são pela falta de voos diretos para São Luís – geralmente, são feitas escalas em outras capitais.
Como nem todos dispõem da frota da Força Aérea Brasileira, sobram críticas ao setor aeroportuário brasileiro, de alto custo e qualidade que não é condizente.
Quem por muitos anos enfrentou esse problema foi o ministro Flávio Dino. Nos tempos de deputado federal e presidente da Embratur, ele dizia que a viagem de avião comercial “violava os direitos humanos”. Acumulando cargos públicos e relevância nacional desde então, não se viu nenhum movimento do comunista para mudar a realidade que tanto criticava.