O Maranhão ocupa a última posição no ranking brasileiro de médicos por habitante, com apenas um profissional para cada grupo de mil moradores, segundo um levantamento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Os dados revelam que o estado tem cerca de oito mil médicos para uma população de mais de sete milhões de pessoas. A falta de profissionais em algumas regiões é atribuída a questões estruturais, como a ausência de políticas para incentivar a interiorização dos médicos, medidas de trabalho inadequadas e dificuldades no uso de tecnologias.
Segundo o presidente da Associação Médica Brasileira Seccional Maranhão, José Albuquerque, a insegurança jurídica na relação de trabalho com prestadoras de serviço contratadas pelas prefeituras e serviços públicos é outro fator que contribui para a escassez de médicos. A rotina de atrasos de pagamento por meses a fio são desafios para interiorizar médicos em áreas remotas.
Apesar do número de médicos no estado ter dobrado nos últimos 20 anos, devido ao crescimento acelerado de faculdades de medicina, o Maranhão não conseguiu acompanhar essa expansão. Enquanto isso, milhares de maranhenses enfrentam dificuldades para conseguir atendimento médico adequado nos hospitais espalhados pelo estado.
