A crise do transporte público em São Luís se arrasta sem solução e, em meio à greve dos rodoviários que paralisa a cidade desde segunda-feira (17), o prefeito Eduardo Braide voltou a adotar medidas improvisadas que têm causado ainda mais transtornos à população.
Na noite de quarta-feira (19), Braide anunciou a criação de um sistema de vouchers para custear corridas por aplicativo durante o período da paralisação, mas a iniciativa já começou a falhar: o site da Prefeitura saiu do ar instantes após o anúncio, impossibilitando o cadastramento dos usuários e prejudicando diversos outros serviços municipais.
A proposta do prefeito prevê que cada pessoa cadastrada terá direito a dois vouchers diários, no valor de R$ 30 cada. Caso a corrida ultrapasse esse valor, o passageiro deverá pagar a diferença. A Prefeitura informou que os recursos virão do subsídio que seria destinado às empresas de ônibus, mas até agora não explicou com clareza como isso será operacionalizado. Enquanto o programa é propagandeado, trabalhadores que dependem do transporte público seguem sem alternativa concreta e enfrentando atrasos e dificuldades para chegar aos seus compromissos.
A instabilidade no site oficial da Prefeitura ampliou o caos. Profissionais liberais e empresários não conseguem emitir notas fiscais, servidores municipais relataram problemas para autenticar nos sistemas internos, e contribuintes ficaram impedidos de acessar boletos e outros serviços essenciais.
O domínio que concentra os serviços municipais permanece fora do ar, prejudicando diretamente a população e evidenciando, mais uma vez, a desorganização e a falta de planejamento da administração Braide diante de crises.