A greve dos rodoviários que paralisou o transporte público em São Luís desde a segunda-feira (18) foi encerrada após decisão da Justiça do Trabalho, com a principal promessa do prefeito Eduardo Braide para amenizar os transtornos – a oferta de corridas por aplicativo pagas pela Prefeitura – sem sair do papel, se convertendo mais um fracasso da gestão municipal.
Nesta quinta-feira (20), a presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região, desembargadora Márcia Andrea Farias da Silva, concedeu tutela antecipada determinando o retorno imediato de 80% da frota de ônibus às ruas. Caso o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Maranhão descumprisse a decisão, a multa diária seria de R$ 100 mil. A Justiça também fixou reajuste provisório de 7% nos salários e de 10% no vale-alimentação dos rodoviários, até o julgamento definitivo do dissídio coletivo.
Enquanto a solução judicial destrava o transporte na capital, a iniciativa anunciada com estardalhaço por Braide – que previa vouchers de R$ 60 diários para viagens por aplicativos – ficou apenas na propaganda. O site da Prefeitura, instável desde o anúncio do programa, impediu o cadastramento da maioria dos usuários e segue prejudicando outros serviços essenciais, como emissão de notas fiscais e boletos. A população, que já sofreu com a ausência dos ônibus, agora também sente na pele os danos causados pela inoperância e pelo improviso da gestão Braide, que coleciona promessas vazias em meio ao caos urbano.