O posto de “último Sarney com mandato” terá uma importante substituição a partir de 1º de fevereiro.
Sai o sobrinho deputado estadual, Adriano Sarney (PV), e entra a tia deputada federal, Roseana Sarney (MDB).
Adriano passou longe de se reeleger. Com 22.491 votos, não foi o mais votado sequer de seu partido – Wendell Lages (PV), que também ficou de fora, obteve 23.183 votos.
Roseana também não foi nenhum fenômeno eleitoral. Passou longe dos 300 mil votos que alguns apoiadores mais empolgados tinham como expectativa.
Com 97.008 votos, foi a única emedebista qualificada a ocupar assento na Câmara dos Deputados. Hildo Rocha (MDB), que buscava a reeleição, ficou na cola (96.281 votos), mas, por conta da votação insuficiente da nominata da legenda, teve de se contentar com a suplência.
Os papeis se invertem dentro do clã que oligarquizou a política maranhense e foi uma das principais famílias de políticos do país.
Com o patriarca José Sarney (MDB) aposentado, embora mantenha influência na vida pública do país, o império esfacelou-se. Na face da ex-governadora e ex-senadora, há um fio de esperança numa reconstrução que parece incerta.
Carente de nomes de maior expressão no Maranhão, a legenda foi coadjuvante nas últimas eleições e tende a sê-lo novamente nas próximas.
Enquanto isso, no seio familiar, a mudança já está sendo preparada. Uma parte para Brasília, enquanto o outro retorna ao escuro de seu quarto.