PT e PSDB decidiram reeditar a dicotomia que tomou conta da política brasileira no final dos anos 90 e início dos anos 2000. O estopim para a oficialização de que os partidos seguem em lados opostos foi dado na quinta-feira (2).
A decisão do PT pernambucano em se opor ao governo de Raquel Lyra (PSDB) foi o pontapé inicial. Em carta publicada por seus líderes naquele estado, o partido promete “oposição consciente” à governadora, mas tece críticas diversas ao governo vigente e ressalta “visões divergentes” entre os dois partidos e seus membros.
Em reação, a executiva nacional do PSDB divulgou extensa nota onde afirma que “não fará parte do governo do PT, em cargo nenhum e sob nenhum pretexto”.
O partido afirma que irá “apresentar propostas em 2026 para que a população brasileira tenha alternativa, para que os brasileiros não tenham de escolher entre o pior e o menos pior”.
No ano passado, o partido ensaiou as candidaturas presidenciais de João Dória e Eduardo Leite. O primeiro deixou o partido e abandonou a vida pública, enquanto o segundo optou por reeleger-se governador do Rio Grande do Sul. Sem outros nomes, o PSDB apoiou a atual ministra de Lula, Simone Tebet (MDB), terceira colocada na disputa.