Em um dia de 24 de abril como hoje, só que no ano de 1930, nascia José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, que mais tarde viria a ser conhecido como José Sarney.
O ex-presidente da República exerceu praticamente todos os mandatos possíveis. Foi deputado federal, governador, senador por dois estados diferentes, presidiu o Senado Federal em três ocasiões distintas e assumiu o cargo máximo da Nação entre 1985 e 1990.
Como escritor, ocupa assento na Academia Maranhense de Letras desde 1953 e na Academia Brasileira de Letras desde 1980, colecionando uma obra literária com cerca de 30 livros em diversos idiomas e milhares de artigos publicados até hoje em jornais e sites Brasil afora.
Em 2015, aposentou-se da vida pública, ao concluir seu último mandato como senador pelo Amapá. Na eleição de 2014, a qual não concorreu, protagonizou um momento inusitado ao votar em Aécio Neves (PSDB) para a Presidência da República, enquanto seu partido apoiava formalmente a reeleição de Dilma Rousseff (PT). Dias depois, disse em entrevistas que a atitude, flagrada pelas câmeras que registravam o momento de seu voto, foi “em gratidão a Tancredo”.
Embora não exerça nenhum cargo há oito anos, Sarney continua sendo ouvido e acionado por políticos de todas as esferas. Foi procurado por Flávio Dino para apoiar sua reeleição e, mais tarde, para endossar sua entrada na AML. Os ex-presidentes Dilma Rousseff, Michel Temer e até mesmo Jair Bolsonaro também recorreram frequentemente aos conselhos do emedebista. Antes e depois de eleito para o seu terceiro mandato, Lula também procurou Sarney, que manifestou publicamente seu voto ao petista no segundo turno do ano passado.
Reduzido com a investidura de novos atores políticos no poder maranhense, Sarney conta apenas com a filha, Roseana Sarney (MDB), exercendo mandato de deputada federal. Derrotado na tentativa de reeleição para deputado estadual, o neto Adriano Sarney, ocupa a presidência da Agência Estadual de Mobilidade Urbana (MOB) do Maranhão.