A corrida pelo comando da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem) mobiliza prefeitos recém-eleitos e reeleitos em 6 de outubro, a despeito dos desejos de unidade entre a base aliada ao Palácio dos Leões.
R$ 7 milhões anuais em orçamento estão em disputa. Os cerca de R$ 600 mil mensais são administrados como bem quiser o próximo presidente da entidade, sem exigência de transparência pública. Grande parte desses recursos é destinada a eventos e viagens, embora a Famem também ofereça suporte jurídico e administrativo a gestores em São Luís e Brasília.
O prefeito eleito de Bacabal, Roberto Costa (MDB), já manifestava seu interesse em assumir a presidência da Famem antes mesmo das eleições. Quem também se movimenta é Miltinho Aragão (PSB), diretor de influência na federação, que pretende suceder seu sobrinho, Ivo Rezende (PSB), após conquistar a prefeitura de São Mateus.
Fora do círculo governista, a prefeita de Chapadinha, Belezinha (PL), surge como a principal candidata para substituir Ivo Rezende em janeiro. Com o respaldo de partidos como PL e Avante, sua candidatura já contaria com cerca de 70 votos.
Enoque Mota (MDB), que conquistou seu quarto mandato consecutivo em Pastos Bons, também busca projeção política ao almejar a presidência da Famem. Ele conta com o apoio de Hilton Gonçalo (Mobiliza), prefeito de Santa Rita, que elegeu o sucessor naquele município e outros aliados.
Além da presidência, a tesouraria da Famem, atualmente sob a gestão da prefeita de saída de Colinas, Valmira Miranda, também se tornou alvo de disputa. Embora o controle desse cargo não seja suficiente para apaziguar as divergências, ele é considerado estratégico para diminuir o número de candidatos ao comando da entidade.