O último final de semana antes da escolha da Mesa Diretora da Alema, na próxima quarta-feira (1/2), foi marcado por almoços, ligações, mensagens e conflitos entre aqueles que pretendem ocupar oito das nove cadeiras diretivas do parlamento estadual – a de presidente será de Iracema Vale (PSB), única candidatura consensual na Casa.
A briga pelas “canetas sem tinta”, como definiu um parlamentar eleito recentemente, expôs de vez a fissura entre os grupos ligados ao governador Carlos Brandão (PSB) e ao senador Flávio Dino (PSB).
Os governistas já não querem cumprir o combinado para que Othelino Neto (PCdoB), ligado a Dino, abdicasse de sua reeleição.
Brandonistas passaram a cobiçar os cargos de olho no isolamento completo da “tropa de choque” dinista na Assembleia. E a disputa vai além da 1ª vice-presidência, pleiteada por Rodrigo Lago e Ana do Gás, ambos do PCdoB.
A batalha interna não é exclusividade dos comunistas. Dentro do PSB também há quem esteja de olho na 2ª secretaria, já prometida ao ex-secretário dinista Carlos Lula.
As consequências de um rompimento entre Brandão e Dino, que parece cada dia mais certo, seriam vistas na atual administração estadual, nas eleições do ano que vem e eclodiriam de vez em 2026.
É sabido que o futuro definido para Brandão é o Senado Federal nas próximas eleições. Para isso, repetiria os passos de seu criador, deixando o governo antes do fim e permitindo que seu vice, Felipe Camarão (PT), dispute o cargo na condição de reeleição.
Mas o governador vem dando sinais de que pode cumprir o mandato até o final, melando os planos da trupe dinista…
Uma reunião entre o governador e a próxima presidente da Alema tentará pôr fim à cizânia ou, ao menos, minimizar os danos.