O vereador Umbelino Júnior (PSB) foi alvo, na manhã desta quarta-feira (13), de uma operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público do Maranhão. A operação, denominada “Occulta Nexus”, foi deflagrada nas cidades de São Luís e Imperatriz, com o objetivo de desarticular um esquema ilegal que, segundo as investigações, seria liderado pelo parlamentar.
No total, 15 mandados de busca e apreensão foram expedidos e estão sendo cumpridos em diferentes locais, incluindo a residência do vereador e seu gabinete na Câmara Municipal de São Luís. Os mandados foram emitidos pela Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados do Termo Judiciário de São Luís.
As investigações revelam que Umbelino Júnior teria organizado uma estrutura criminosa para desviar parte dos salários dos servidores de seu gabinete. De acordo com o Ministério Público, o esquema envolveria familiares do vereador, incluindo sua esposa, cunhados e seu sogro, que reside no Distrito Federal. Além disso, terceiros teriam colaborado para viabilizar os desvios e a prática de outros crimes, como lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Apesar de o Ministério Público ter solicitado a prisão preventiva de Umbelino Júnior e de mais três suspeitos, a Justiça optou por medidas cautelares diversas da prisão. Entre elas, estão o comparecimento mensal do vereador à Justiça para justificar suas atividades, proibição de frequentar a Câmara Municipal de São Luís, impedimento de contato com outros investigados, restrição de deixar a comarca sem autorização judicial e suspensão de suas funções públicas.
Umbelino não foi reeleito nas últimas eleições municipais e deixa a Câmara no próximo dia 31 de dezembro.