O contato entre o empresário Eduardo José Barros, alvo de operação da Polícia Federal nesta quarta-feira (20), e o ex-governador Flávio Dino (PSB) ultrapassou, em muito, a relação entre fornecedor e gestor público que deveria ser de distanciamento e pautada pela tecnicidade, sempre com respeito ao erário.
Meio milhão de reais foram recebidos pela Construservice, vindos do Governo do Maranhão, para a prestação de serviços ligados, em sua maioria, à Secretaria de Estado de Infraestrutura (SINFRA) – comandada até a data-limite para exoneração de postulantes ao pleito de outubro próximo por Clayton Noleto, que pretende se tornar deputado federal.
Na mansão de Eduardo DP, a PF apreendeu itens de luxo – como relógios e veículos esportivos -, além de grande quantidade de dinheiro em espécie.
O empresário passou a integrar o círculo íntimo de relações do comunossocialista, mostrando ser seu apoiador político desde a campanha eleitoral de 2018, como mostra publicação em seu perfil na rede social Instagram. Outras imagens deixam clara a intimidade entre Imperador e membros do primeiro escalão do projeto de poder Dino-brandonista.
Até mesmo a cessão frequente de aeronave particular para membros do PCdoB em ritmo de pré-campanha foi realizada por Eduardo, como comprovam imagens e documentos que circulam pela imprensa local.
Tudo isso debaixo das barbas daqueles que deveriam ser, em primeira instâncias, órgãos de controle e fiscalização do poder público – aparelhados de tal modo a se prestarem ao singelo papel protocolar e de subserviência.