Dados do Boletim Social do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), divulgados na sexta-feira (21), revelam que 79% da população do Maranhão se declara preta ou parda, o que representa cerca de 5,4 milhões de pessoas. O município de Serrano do Maranhão tem a maior proporção de negros (97,2%), enquanto São Luís concentra o maior número absoluto (761,1 mil).
O levantamento aponta avanços na educação e no mercado de trabalho. A taxa de analfabetismo entre negros caiu de 19,3% em 2012 para 12% em 2024, e o percentual de pessoas com ensino superior completo chegou a 10,5%. No mercado de trabalho, 91,7% estavam empregados em 2023, mas recebiam, em média, 44,6% a menos que os não negros.
Apesar das melhorias, persistem desigualdades. Negros representam 89,4% dos beneficiários do Bolsa Família e as principais vítimas de homicídios, com taxa de 29,8 mortes por 100 mil habitantes. Na saúde, houve aumento no acesso ao pré-natal, mas 76,9% das mortes maternas entre mulheres negras ocorreram por causas obstétricas diretas.
