O “prêmio de consolação” do advogado-empresário Flávio Costa após ser obrigado a se retirar da disputa pelo Quinto Constitucional, que seria a vaga em aberto pela aposentadoria de Washington Oliveira no Tribunal de Contas do Estado, está ameaçado. Isso porque uma concorrente com maior simpatia entre os membros da Assembleia Legislativa e maior influência sobre as decisões do governador Carlos Brandão (PSB) entrou no páreo. Trata-se da primeira-dama Larissa Mesquita Brandão.
A situação – nomear a esposa a uma vaga na Corte de contas estadual – não seria inédita no país. Marília Góes (Amapá, mulher do ex-governador e hoje ministro Waldez Góes), Renata Calheiros (Alagoas, mulher do ex-governador e hoje ministro Renan Filho), Rejane Dias (Piauí, mulher do ex-governador e ministro Wellington Dias), Aline Peixoto (Bahia, mulher do ex-governador e ministro Rui Costa) e Simone Denarium (Roraima, mulher do atual governador Antonio Denarium), integram o pelotão de primeiras-damas que foram “presenteadas” com o cargo que podem exercer até os 75 anos de idade.
Daniella Barbalho, esposa do governador do Pará, Helder Barbalho, só não entrou para o seleto clube de esposas porque a Justiça paraense considerou a indicação “uma grave violação aos princípios da impessoalidade, da publicidade e da moralidade”.