O desembargador Cândido Artur Medeiros Ribeiro Filho, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), foi aposentado por invalidez permanente pelos colegas da corte. Segundo informações do jornal Estadão, exames realizados em Cândido Ribeiro identificaram “comprometimento cognitivo secundário ao uso de álcool”. Essa condição o colocaria sob incapacidade laborativa, embora não haja alienação mental.
O magistrado é investigado na Operação Habeas Pater, que apura a venda de sentenças para membros de facções criminosas. Com a aposentadoria, Cândido Ribeiro manterá o salário mensal de R$ 36.663,50.
O parecer sobre a aposentadoria do desembargador foi encaminhado pela Corte Especial Administrativa do TRF1 ao CNJ para ser anexado ao processo que ele responde junto ao conselho. Ele e seu filho, o advogado Ravik de Barros Bello Ribeiro, são suspeitos de comandar um esquema de venda de sentenças em favor de um grupo de traficantes que movimentou cerca de R$ 60 milhões nos últimos anos. Caso pai e filho sejam condenados, podem pegar até 12 anos de prisão.
Cândido Ribeiro teve a aposentadoria definida em sessão da Corte Especial Administrativa do TRF1, realizada em 13 de abril.. A aposentadoria não o livra, contudo, da investigação criminal a que responde.