O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou a suspensão das redes sociais do juiz amazonense Luis Carlos Valois por “dedicar-se à atividade político-partidária”, conduta considerada não correspondente com suas funções de magistrado, segundo o CNJ. O documento faz referência aos posts voltados aos ataques golpistas ocorridos em Brasília, no último dia 8 de janeiro, no qual ele cita o CNJ.
“Chegou ao conhecimento desta Corregedoria Nacional de Justiça a notícia de que o juiz de Direito Luis Carlos Honório de Valois Coêlho, do TJ/AM, estaria adotando conduta, em suas redes sociais, incompatível com seus deveres funcionais de magistrado (…) Cuida-se de post realizado pelo próprio magistrado, em sua conta oficial do Twitter, em que, diante dos últimos acontecimentos ocorridos em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023, o referido magistrado assim afirmou:
“Invadiram e destruíram documentos do CNJ também? É um estagiário que quer saber”, consta um trecho do documento.
O Conselho destaca, ainda, que em pesquisa realizada nas mídias sociais há uma série de postagens de mesmo teor político-partidário, o que embasou a decisão.
O magistrado se tornou uma das vozes mais ativas do meio jurídico na Internet, comentando decisões e casos de grande repercussão. Ele reúne milhares de seguidores em seus perfis.