Motoristas de aplicativos de transporte de todo o país estão engajados em um protesto de 24 horas nesta segunda-feira (15), em busca de soluções para a defasagem nos repasses financeiros realizados pelas empresas. Em São Luís, cerca de 50% dos motoristas aderiram à greve e se reuniram na Praça Maria Aragão desde as primeiras horas do dia.
Diferentemente de outras manifestações do setor, não estão previstas carreatas, bloqueio de vias ou protestos em frente às sedes das plataformas. A ação consiste apenas no desligamento dos aplicativos por um dia, um verdadeiro “Day Off” do trabalho por meio dessas plataformas. A paralisação nacional começou às 4 horas da manhã desta segunda-feira e vai até às 4 horas da manhã de terça-feira (16).
Em São Luís, o presidente da COOMAP (Cooperativa OFICIAL de Motoristas de Aplicativos), Marcio Zaparoli, destaca que os motoristas estão reivindicando um aumento no valor mínimo a ser recebido por corrida. “Atualmente, estamos realizando corridas pelo valor mínimo de R$ 5. Queremos que esse mínimo seja de R$ 10, além de R$ 2 por quilômetro, se possível. Essa é a nossa exigência”, afirma Zaparoli.
O presidente da COOMAP também ressalta a importância de dar maior visibilidade à classe. “Esperamos que as empresas de aplicativos analisem essa situação, pois estamos trabalhando diariamente para atender os passageiros, e infelizmente, não somos reconhecidos por isso.”
Eduardo Lima de Souza, presidente da Amasp (Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo) e diretor da Fembrapp (Federação dos Motoristas de Aplicativos do Brasil), destaca que, em 2016, em uma corrida que custava R$ 10 ao passageiro, o motorista recebia R$ 7,50. Atualmente, essa mesma corrida custa cerca de R$ 14 ao passageiro, mas o motorista fica com quase R$ 7.
A paralisação foi convocada pela Fembrapp e pela Amasp, com expectativa de adesão de 70% dos motoristas de aplicativos em todo o país. Estima-se que existam mais de 2 milhões de motoristas ativos nacionalmente.