Dirigentes do União Brasil rejeitam a ideia de afastar o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, para que ele possa se defender das denúncias de corrupção. O partido considera o afastamento uma tentativa de “rifar” o ministro. A proposta tem sido defendida por uma ala do PT desde que Juscelino foi denunciado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de participação em organização criminosa e crime de corrupção passiva. As informações são do site Metrópoles.
Em nota divulgada na quarta-feira (12/6), o presidente do União Brasil, Antonio de Rueda, afirmou que “o partido não vai admitir pré-julgamentos ou condenações antecipadas” e que “indiciamento não deve significar culpa e o princípio de inocência e o devido processo legal devem ser rigorosamente respeitados”. Dessa forma, a tendência do partido é negar o afastamento de Juscelino caso ele seja proposto por Lula.
O PT compara o caso de Juscelino ao do ex-ministro da Casa Civil de Itamar Franco, Henrique Hargreaves, que foi afastado pelo então presidente em 1993 após denúncias de corrupção. Hargreaves foi inocentado pela Justiça e retornou ao cargo.
A comparação incomoda a liderança do União Brasil, que ressalta que as denúncias contra Hargreaves estavam diretamente relacionadas ao cargo que ele ocupava. Juscelino, por sua vez, foi denunciado pela PF por desvios de pelo menos R$ 835,8 mil em obras de pavimentação custeadas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) durante seu mandato como deputado federal.