Os ministros das Comunicações, Juscelino Filho, e da Educação, Camilo Santana, discutiram projetos para conectividade em escolas públicas durante encontro realizado nesta quinta-feira (16) no Ministério da Educação. As duas pastas consideram o tema como prioridade, já que o acesso à internet garante inclusão digital e promove a redução das desigualdades sociais.
Segundo Juscelino, O MCom trabalha em um Plano Nacional de Inclusão Digital dividido em planos setoriais, abragendo, entre outros, educação, saúde, turismo e agronegócio. “No campo da educação, primeiro, vamos conectar todas as escolas para, em seguida, aumentar a velocidade e qualidade da conexão”, assegurou.
Entre as demais finalidades do Plano, o ministro citou melhorar a gestão de iniciativas do governo federal para conectividade; facilitar a contratação por gestores locais; disponibilizar conexão para uso pessoal; e garantir a continuidade da prestação dos serviços.
“Minha preocupação não é só a escola estar conectada, mas como a internet pode ser utilizada como recurso pedagógico eficiente por alunos e professores”, lembrou o ministro da Educação. Ele avaliou que o encontro foi realizado em momento oportuno, dada a prioridade que o presidente Lula pediu para a conexão de todas as escolas públicas brasileiras.
CONECTIVIDADE EM ESCOLAS – Das 138,8 mil escolas públicas brasileiras, 9,4 mil não possuem acesso à internet. Dentre elas, mais de 90% estão localizadas em áreas rurais enquanto apenas 905 em zonas urbanas. Existem, ainda, 3,4 mil escolas sem oferta adequada de energia elétrica, para as quais o MCom e o Ministério de Minas e Energia (MME) planejam ações a fim de garantir o acesso aos serviços públicos essenciais.
O MCom possui diversas ações que promovem a conectividade em escolas públicas. Por meio do Wi-Fi Brasil, por exemplo, já foram instalados pontos de conexão gratuita à internet em banda larga em 16,6 mil unidades educacionais. Desse total, 11,5 mil são escolas rurais, visto que o programa prioriza o atendimento de comunidades em estado de vulnerabilidade social, localizadas em áreas remotas e nas periferias urbanas.
O Edital do 5G também estabeleceu como compromisso para as operadoras vencedoras do leilão a consecução de projetos de conectividade de escolas públicas de educação básica, com a qualidade e velocidade necessárias para o uso pedagógico. O valor de de R$ 3,1 bilhões, arrecadado na faixa de 26 GHz, irá custear as ações a serem definidas com a participação do Ministério da Educação.