Um levantamento feito pelo portal Metrópoles revela que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, recebeu valores consideráveis dos cofres públicos ao prolongar suas viagens a trabalho além das atividades oficiais. Essas “esticadinhas” resultaram em diárias excedentes, indo além das necessárias para cumprir seus compromissos governamentais.
Quando tem atividades no Maranhão, seu estado de origem, Juscelino costuma agendar reuniões às sextas ou segundas-feiras. Apesar de trabalhar apenas nos dias úteis, ele utiliza essas viagens para passar o final de semana em casa, mesmo assim, recebe diárias para esse período.
Esse tipo de situação ocorreu em, pelo menos, oito ocasiões. Em uma delas, Juscelino embolsou R$ 2.786 por 4 diárias e meia, mesmo tendo trabalhado somente dois dias, conforme consta em sua agenda oficial. O padrão se repetiu em outras viagens, como em São Paulo e Lisboa. Em sua visita a Portugal, Juscelino recebeu quase R$ 10 mil por quatro diárias, apesar de haver apenas um registro de reunião em sua agenda.
A mesma questão foi observada durante sua estadia na Espanha. Segundo o Portal da Transparência, Juscelino saiu do Brasil em 24 de fevereiro e retornou somente em 6 de março. Entretanto, na agenda oficial do ministro, constam apenas compromissos em três dias. Nessa viagem, ele recebeu R$ 24.423,70 por 10 diárias.
O portal Metrópoles também trouxe informações sobre viagens do ministro para a China, Estados Unidos, Suécia e Finlândia. Um verdadeiro tour ao redor do mundo, custeado pela União.
Em resposta à reportagem do Metrópoles, o Ministério das Comunicações afirmou que as viagens ocorreram dentro da legalidade, considerando diversos fatores, como a duração do voo (origem/destino), a conformidade com os compromissos oficiais agendados e a necessidade de adaptação ao fuso horário, que requer um prazo para acomodar a comitiva nos destinos finais. Além disso, o ministério também mencionou compromissos que não estavam registrados na agenda oficial, mas que foram incluídos após o contato da reportagem, como afirmou o site.
Confira a nota do Ministério das Comunicações abaixo e a matéria completa do site Metrópoles aqui
