“Esta violência não é apenas um ataque a uma parlamentar ou a uma líder. É uma agressão a todas as mulheres que ousam ocupar espaços historicamente dominados por homens”, declarou Ana do Gás, em referência direta ao questionamento jurídico.
A deputada também associou o episódio ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, ocorrido em 2016, classificando ambos como exemplos de tentativas de desqualificar lideranças femininas. Para Ana, a ação judicial é mais uma investida para enfraquecer Iracema Vale, que, segundo ela, representa um avanço na luta por igualdade de gênero na política maranhense.
A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), protocolada pelo Solidariedade no sábado (23), contesta o critério de desempate utilizado na votação da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, que prioriza o candidato mais velho em caso de empate. A medida gerou controvérsia após o pleito do dia 13 de novembro, quando Iracema Vale e Othelino Neto (Solidariedade) empataram com 21 votos em cada turno. A vitória de Iracema foi confirmada com base no estatuto interno, que confere vantagem ao candidato de maior idade.