Othelino Neto (Solidariedade) observa o calendário como quem busca no passar dos dias a solução para o dilema em que vive: a expectativa de poder.
O tempo, contudo, parece zombar da ansiedade. Lento, arrastado, recusa-se a dar respostas rápidas. Othelino sabe que a espera é inócua, mas ainda assim, ela o consome.
No centro da questão, o plenário do Supremo Tribunal Federal, que decidirá não mais a volta ou não de Othelino à presidência da Alema, mas a autonomia ou não das 27 Casas legislativas do país.
Othelino, em seu íntimo, talvez já tenha aceitado o desfecho: não será ele a remodelar a República. Uma decisão em seu favor traria consequências difíceis de justificar, abalando estruturas que há muito se sustentam e que estão longe de sua alçada.
Enquanto isso, para Iracema Vale (PSB), os dias seguem tranquilos, como um rio que corre sem pressa, mas com destino certo. Com habilidade e sabedoria, ela conduz o parlamento estadual, consolidando uma liderança que se mantém em tom exato para o momento.
Até março de 2027, tudo indica que assim continuará.
