A covardia de Washington Oliveira

A ausência de Washington Oliveira no evento em homenagem ao ex-governador Flávio Dino, na noite de sexta-feira (13), não foi apenas uma escolha pessoal. Foi um gesto revelador da covardia política que marca sua trajetória recente.  

Mais do que se ausentar, Oliveira tomou a controversa decisão de impedir que outros membros do Partido dos Trabalhadores participassem do evento, expondo um comportamento autoritário e incompatível com os valores democráticos que o PT historicamente defende. 

O episódio foi agravado pela forma como Oliveira tentou impor sua vontade. Ao compartilhar em grupos de WhatsApp sua posição pessoal, como se fosse uma decisão majoritária, ele desrespeitou todo o Partido dos Trabalhadores. Entre os desrespeitados, está ninguém menos que o vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão – o petista com o cargo mais importante no estado, vale registrar. Um comportamento que não apenas evidencia falta de maturidade política, mas também ignora a hierarquia e o coletivo de um partido que luta há décadas pela democracia interna e pela representatividade. 

Recusar-se a estar presente em um momento como esse, ainda mais sendo um quadro do mesmo campo ideológico, demonstra uma política pequena, pautada por mesquinharias e ressentimentos. Ainda que se saiba que Washington defendia tão somente seu contracheque enquanto secretário de Brandão em Brasília. 

O mais grave, no entanto, é o ato de censura imposto aos companheiros de partido. Ao barrar a presença de petistas no evento, Oliveira não apenas tentou impor sua visão pessoal, como colocou em xeque os princípios de pluralidade e liberdade interna que deveriam nortear a atuação do PT. É uma atitude que remonta aos piores exemplos de autoritarismo partidário, onde a divergência é silenciada em nome de interesses particulares. 

Essa postura enfraquece o PT no Maranhão, em um momento em que o partido precisa de unidade e articulação para enfrentar os desafios eleitorais que se avizinham.

Sua postura levanta um questionamento necessário e urgente. O PT, no segundo estado mais lulista do país, seguirá se acovardando frente a lideranças que preferem o isolamento? Ou, finalmente, assumirá o protagonismo que lhe é de direito e que se espera de um partido que carrega consigo a história de luta de milhões de brasileiros? 

A história julgará com rigor os que escolhem a omissão e o autoritarismo em momentos decisivos. Washington Oliveira perdeu a oportunidade de mostrar grandeza política e, ao contrário, reafirmou uma postura que não condiz com a responsabilidade de ser uma liderança no Partido dos Trabalhadores. Cabe ao PT decidir se continuará refém de figuras assim ou se retomará a coragem que o fez ser protagonista na história política do Brasil. 

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