Presidente da Emap cruza os céus de helicóptero enquanto passageiros se arriscam em ferry

A cena de uma embarcação da travessia aquaviária entre São Luís e Alcântara passando por momentos de tensão em meio à Baía de São Marcos chamou a atenção, mais uma vez, para os intermináveis problemas vividos por aqueles que dependem do serviço operado pela Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap). O vídeo, que circulou pelas redes sociais e grupos de WhatsApp nos últimos dias, foi compartilhado pelo senador Weverton Rocha (PDT-MA) nesta segunda-feira (21). O parlamentar classificou o sistema como um “transporte antigo e ultrapassado”.

Enquanto os passageiros são obrigados a enfrentar atrasos e riscos constantes para se locomover, o presidente da autarquia, Gilberto Oliveira Lins Neto, observa tudo de cima, dos ares.

O site Marrapá trouxe, na semana passada, a informação de que a Emap contratou os serviços da Emar Taxi Aéreo Ltda por R$ 7,7 milhões. A empresa, sediada em Macaé (RJ), é especializada em locação de aeronaves e transporte aéreo. O contrato, que tem duração de 180 dias, visa atender às “necessidades operacionais” da entidade responsável pela gestão do Porto do Itaqui. Uma retificação, publicada no Diário Oficial do Estado em 13 de julho, revelou as características da aeronave disponibilizada para a diretoria da Emap: biturbina, tripulada, com combustível, hangaragem e serviços de manutenção.

Não existem registros prévios de fretamento de helicópteros pela autarquia. No cotidiano da operação do Porto do Itaqui ou em casos de emergência, quando necessário, aeronaves costumam ser acionadas por seguradoras vinculadas às empresas que operam no ancoradouro.

Além deste, outros gastos milionários e contraditórios da Emap vieram a público nos últimos dias, como um contrato de R$ 4 milhões em publicidade com uma agência baiana e o aluguel de um escritório de representação em Brasília.

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