O governador-tampão Carlos Brandão aproveitou o passeio por São Paulo, no último final de semana, para dar uma longa entrevista-amiga ao site Brasil 247, publicação conhecida nacionalmente por ser panfletária e nada imparcial, agindo sob interesses de turno.
Sem perguntas espinhosas e tão amena quanto um chá das cinco, a conversa com o inquilino temporário do Palácio dos Leões foi praticamente um pronunciamento. Brandão falou sobre o que considera como índices positivos do Maranhão, projetos para os meses que ainda lhe restam de mandato, sua tentativa de reeleição…
Houve espaço ainda para a afirmação de que o Maranhão foi o laboratório da Frente Ampla que agora, na visão dele, se desenha nacionalmente, a partir da pré-candidatura do ex-presidente Lula.
Brandão se apega ao fato de que, quando foi candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Dino (à época, no PCdoB), ele estava no PSDB. Entretanto, no grupo que pretende se perpetuar nos Leões, não faltaram críticas ao movimento que reuniu onze partidos e quatro pré-candidatos ao Governo em torno da reeleição de Roberto Rocha (PTB) ao cargo de Senador.
Ou seja, uma “Frente Ampla” só tem validade se girar em volta de Dino e seu projeto personalista? Com a palavra, o tucano vestido de pomba…