Faço um convite ao leitor para deixar suas paixões de lado e se ater apenas aos fatos. Se em campo, o rubro-negro foi vencido pelo glorioso por vantagem simples em meio a polêmicas com a arbitragem, na seara política, a semana que se findou ontem foi marcada por dois belos gols do flamenguista Roberto Rocha sobre seu ora adversário político, o botafoguense Flávio Dino.
Vejamos:

Na última segunda-feira (02), em coletiva de imprensa que mobilizou toda a classe política maranhense, o senador Roberto Rocha definiu seu caminho para as eleições de outubro próximo: disputará um novo mandato na Câmara Alta.
Começa a disputa ostentando números sempre acima da casa dos 20%, mesmo quando ainda imperava a lei do silêncio de sua parte – até aquele momento, não havia manifestado expressamente sua vontade, deixando em aberto a possibilidade de disputar o Governo do Estado.
A partida, então, se inicia. Flávio Dino, único pré-candidato com relevância política oficializado na disputa, ganhava um adversário. Ora, um jogo só é disputado se existem dois postulantes.

O primeiro gol veio logo no início da coletiva. Onze partidos – a saber: Republicanos, PL, AVANTE, Patriota, PDT, PSD, PTB, PSC, Agir, PMN e Pros – estavam ali representados para o anúncio que se seguiria. Uma clara demonstração de força e habilidade política por parte de Roberto. Siglas de diferentes espectros políticos, grandezas, programas partidários e visões de Maranhão e Brasil, deixavam suas diferenças de lado para unirem-se em torno de um único nome. 1 a 0 para o senador contra o ex-governador.
O segundo gol vinha com o fim do sonho de Dino: disputar o Senado Federal sendo o único postulante de uma ampla frente de concorrentes ao Governo do Estado. Isso garantiria ao ególatra comuno-socialista um voo tranquilo para seu projeto personalista: se eleger senador, depois se tornar ministro em um eventual Governo Lula e, por fim, ser indicado a uma das vagas que se abrirão no STF.

Porém, a postura desagregadora – do próprio e das principais figuras que o cercam – terminaram por transformar o sonho em pesadelo. A mesa posta reunia a presença de representantes das pré-candidaturas ao Palácio dos Leões de Edivaldo Holanda Júnior (PSD), Josimar de Maranhãozinho (PL), Lahesio Bonfim (PSC) e Weverton (PDT). Metade dos oito postulantes ao Governo do Maranhão até aqui – incluindo o líder das pesquisas. 2 a 0 para Roberto Rocha.
Este foi apenas o primeiro ato desta partida, que só terá seu apito final no mês de outubro. Até lá, a disputa promete se acirrar cada dia mais.