Já sob suspeita por atuações alegadamente políticas em todo o estado, a Polícia Militar parece ter seguido o mesmo caminho no município de Buriti Bravo. Lá, a atuação seria a favor da prefeita Luciana Leocadio (MDB), que tenta a reeleição. Os fatos que levantam a suspeita vêm se acumulando nos últimos dias.
O mais grave deles foi uma tentativa de homicídio contra uma mulher, após suspeita de embriaguez ao volante por parte de um condutor. O suspeito chegou a ser detido, porém, pessoas ligadas à prefeita teriam conseguido a liberação do indivíduo. Com isso, o procedimento correto a ser adotado pelas forças de segurança em casos do tipo não foi realizado.
Além da interferência nas ações policiais, agentes da PM na cidade estariam fazendo a segurança pessoal da gestora, fato que compromete a imparcialidade das forças. Outros três policiais do município foram transferidos por motivos ainda desconhecidos.
As apreensões de motocicletas e carros com identificação de apoio ao candidato adversário, Cid Costa (União Brasil), também se intensificaram. A prática é semelhante à registrada em outras regiões do estado, como Bacabal, onde aliados de um candidato a prefeito relataram intimidações durante o trajeto para eventos políticos.
Somada a série de graves acontecimentos envolvendo supostas interferências, um candidato a vereador aliado da prefeita teve a moto que conduzia apreendida após ser flagrado dirigindo um veículo roubado. Este teria conseguido recuperar a moto sem maiores transtornos.
Bacabal e Coroatá são outros municípios onde a corporação é acusada de atuar em favor de candidatos. A ação resultou em uma representação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e da Secretaria de Segurança Pública (SSP), disciplinando a atuação da PM no dia da votação.