Dino endurece contra redes sociais e fala em ‘chamar a polícia’

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, realizou uma reunião nesta segunda-feira (10) com as principais plataformas de redes sociais para endurecer as políticas governamentais voltadas à segurança nas escolas. O objetivo foi buscar a eliminação de perfis que disseminam conteúdo violento ou propagam ameaças de violência. Representantes da Meta, que controla Facebook, Instagram e WhatsApp, além de funcionários do Twitter, Kwai, TikTok e Google (YouTube), estiveram presentes no encontro.

Dino acusou as redes sociais de impulsionar conteúdo criminoso e enfaticamente pediu que fortaleçam a moderação de conteúdo. A maioria das plataformas se dispôs a colaborar, exceto o Twitter. Dino e os representantes do departamento jurídico do Twitter discordaram quanto à exclusão sumária de perfis que utilizam nomes e fotos de autores de outros massacres em estabelecimentos de ensino, como o ocorrido em Suzano (SP) em 2019. Para a plataforma, não havia necessidade de exclusão, uma vez que a mera existência dos perfis não contrariava os termos de uso da rede social.

Dino afirmou que promoveria um “diálogo em separado” com o Twitter e que não deseja que a polícia seja chamada a atuar contra as plataformas, mas que ‘se for necessário, isso acontecerá’. O Ministério da Justiça e Segurança Pública identificou até o momento 511 perfis com discursos de apologia à violência apenas no Twitter e Dino afirmou que o número ‘não para de crescer’. Em entrevista ao Metrópoles, o ministro declarou que, se necessário, obrigará as redes sociais a respeitarem a posição do governo.

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