Cappelli coloca Dino em maus lençóis

Um texto-bomba publicado pela colunista Thais Oyama, do UOL, na volta de suas férias, circulou como rastilho de pólvora nesta sexta-feira (21).

“Por que Dino, o mais pop dos ministros, tem poucos amigos no governo Lula” é o título do artigo em que a jornalista enumera episódios de desavenças envolvendo o ministro da Justiça. A autoria intelectual da publicação, no entanto, partiu do próprio gabinete ministerial, tendo nome e sobrenome bem conhecidos: Ricardo Cappelli.

O “número dois” do Ministério da Justiça e Segurança Pública sequer deu-se ao trabalho de revisar o texto e dele eliminar suas digitais. A tese de que “o lulismo é maior que o petismo” foi exaustivamente defendida por Cappelli nas redes sociais quando o então ex-presidente estava preso em Curitiba. Ali, existia um delírio do então secretário de Comunicação do Maranhão de que seu chefe, o (à época) governador Flávio Dino, pudesse se eleger Presidente da República em 2022.

Outro ponto que remete à tentativa fracassada de emplacar uma aventura presidencial de Dino, caso Lula estivesse inelegível, está na fala de que “Enquanto Lula estiver bem, está no jogo. Quando não estiver no jogo, o jogo será outro”. Mesmo tendo emprego graças a Lula, Cappelli confabula enxergá-lo pelas costas.

Tudo na publicação de Thais Oyama tenta colocar Dino na condição de vítima incompreendida e que sofre com a “inveja” dos colegas ministeriais. O tiro, no entanto, saiu pela culatra, despertando a fúria do primeiro escalão de Lula. Flávio, aliás, já procura uma “gaiola de ouro” para isolar o pretenso candidato ao Governo do Distrito Federal em 2026, como também andou plantando o secretário-executivo do MJSP por aí…

E não tem tapas na mesa que mudem a visão que os colegas de Esplanada têm de Dino e Cappelli, a dupla “Pink e Cérebro” do Planalto.

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