Suposto “Time do Lula” abarca de tudo, menos petistas

O evento “Time do Lula”, realizado na noite desta sexta-feira (13), gerou um encontro de refugos de diversos partidos – da extrema-esquerda à direita raiz. Ponto comum: nenhum com maior intimidade com o Partido dos Trabalhadores.

Dá para ficar apenas na chapa principal, que tenta a qualquer custo tomar para si a imagem do ex-presidente, gerando revolta naqueles que há anos militam no partido e estiveram ao lado de Lula em seus dias mais difíceis.

Da esquerda para a direita, o exemplo mais emblemático: Carlos Brandão. Como é de conhecimento público, o governador-tampão iniciou sua carreira política no antigo PFL, que depois virou Democratas até ser extinto com a fusão que criou o União Brasil.

Após deixar o partido conhecido historicamente por sua característica “coronelista”, Brandão voou para o ninho tucano: o PSDB. Ali, se encontrou, passou anos na fracassada tentativa de fazer o partido ter alguma representatividade no Maranhão.

Em não conseguindo, rendeu-se e filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro, o PSB, a mando de Flávio Dino que havia aberto a porteira e tomado o partido. Tudo com o objetivo-fim de colar sua imagem na do líder das pesquisas presidenciais.

No meio, o ex-governador Flávio Dino. Esse até começou sua vida política no PT, mas foi no PCdoB que conquistou seus mandatos eletivos. Vendo que o partido não iria sair da condição de “nanico” e corre o sério risco de desaparecer, devido a Cláusula de Barreira, viu na tomada do PSB sua tábua de salvação política. Migrou para o “Bonde dos 40”.

Por fim, o neopetista de direita, Felipe Camarão. O ex-secretário de Educação do estado era filiado ao Democratas (antigo PFL, hoje União Brasil). Entrou no PT “a fórceps”, por imposição de Flávio Dino – que não se contenta em controlar apenas o próprio partido. O nome de Camarão como pré-candidato a vice gera controvérsias até mesmo naqueles que já se renderam ao projeto de poder dinista e apoiam a tentativa de reeleição do governador-tampão.

É esse o suposto “Time do Lula” no Maranhão. Tem de tudo, menos petistas.

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