Braide calado ainda tá errado

Ao optar pelo silêncio, não comparecendo à reunião convocada pela Câmara Municipal de São Luís na tarde de ontem (30), o prefeito Eduardo Braide (PSD) denota uma vez mais a imaturidade política que é intrínseca a sua personalidade. Dotado de perfil centralizador que faz sua administração ter dezenas de secretarias municipais em estado de vacância e tantas outras sem o posto de subsecretário, Braide parece acentuar seu isolamento como forma de, com isso, ganhar capital político junto ao eleitor mais incauto, vendendo-se como “outsider”.

Que o eleitor não se engane: Braide presidiu a problemática Companhia de Águas e Esgotos do Maranhão (Caema) no governo de José Reinaldo Tavares, depois assumiu uma secretaria insossa na gestão do finado João Castelo e completou dois mandatos de deputado estadual antes de usar Brasília como trampolim para a Prefeitura de São Luís. Ou seja, um político de carreira.

A ausência no encontro com o legislativo, combinado antes mesmo do patético vídeo publicado “na calada da noite” em suas redes sociais na última segunda-feira (29), mostra como Braide age ao ser contrariado, aflorando seu comportamento mimado e egoísta que, no caso em tela, prejudica ao conjunto dos servidores municipais ludovicenses. Conhecido por não cumprir os poucos acordos que faz, aquele que dizia estar “pronto” para conduzir os rumos da mais importante cidade maranhense revela dia a dia seu completo despreparo.

Longe de representar o silêncio dos inocentes, o calar de Braide soa mais como atestado de culpa.

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